domingo, 25 de setembro de 2011

Assassinato no Cassino- parte -VIII

Voltamos para o Cassino e Valquíria me olhava constantemente perguntando por Juraci. E aproveite para fazer algumas perguntas sobre Aqua Lilás.
- Algum dia no passado fomos amigas. - disse seca Valquíria.- Eu gostei muito dela. Tenho esse defeito. Gostar de mais das pessoas. A gente na verdade sempre se estrepa. E Aqua Lilás, sempre querendo o sucesso como cantora.  E nunca percebi o tipo de pessoa que ela é. Gananciosa ao extremo, capaz de passar por cima da própria mãe, para conseguir o que quer. Fora as centenas de orgasmos que ela fingiu para estar onde está.
- Mas ela não é uma cantora famosa. Confesso que a primeira vez que a ouvi foi no Cassino.
- Sim o que tem de gananciosa tem de burra. Ela sempre deu para as pessoas erradas. Brigou com mulheres de donos de gravadora, tentou a carreira de cantora evangélica, mas também gravou um CD espirita e o pior de tudo. Brigou com os organizadores da parada do orgulho gay. Ai foi o fim dela. Até que conheceu Evaldo.
Evaldo se apaixonou por ela.
E quando Valquíria afirmou esse amor, eu fiquei pensando em meu amigo Mário. Qual o papel dele nessa história.
- De um otário, um laranja. - Me disse Juraci.
Valquíria estalou os seus olhos. 
- Foi Juraci quem falou?
- Sim ele me disse que Mário meu amigo esta nessa história toda como um laranja.
- Claro que sim! Aqua Lilás tem algum plano e seu amigo é parte dele. Como sempre Jura amigo, você arrasa. 
Juraci sorriu agradecendo.
Mas o que me intrigava era o que Mário tinha a ver com aquela história.
- Ouça, façamos um trato. - me disse Valquíria. - Eu entrarei naquele cassino quebrando o barraco e você me dá retaguarda. Saberemos de algo muito podre. Ah faz tempo que não me divirto assim, ainda mais com o meu amigo Jura....
Não tive como não negar. E confesso que a diversão foi a palavra certa para aquela longa noite.