quinta-feira, 28 de abril de 2011

As coisas perdidas.


Apreendi ser preciso procurar com cuidado as coisas perdidas em nós. Aqueles sentimentos que não resolvemos e que estão dentro de nós. Ui! Dá um medo se olhar dentro de si. Dá um medo arrumar as gavetas que deixamos bem fechadinhas e que lá dentro estão todos os sentimentos que não queremos encarar. Dá um medo ficar mexendo nessas coisas,  e não viver. Mas viver é carregar armários cheios de tralhas? ou não? Ops! 

sábado, 16 de abril de 2011

Alvaro Luis. o plantador de Alface.

         Álvaro Luiz o plantador de Alface.

Nessa vida temos a certeza de que o nosso ponto de vista este sempre certo, principalmente quando impomos o nosso ponto de vista sobre o outro. O outro sempre é o culpado, o desgraçado o vagabundo o drogado o bêbado o pervertido e tudo o que podemos lhe classificar. Quase nunca olhamos para nós mesmo com esses adjetivos. E assim é mais fácil condenarmos o outro e se livrar de nossos próprios defeitos. É uma verdade que sabemos talvez desde sempre, mas nunca temos coragem de exerce. 
Eu conheci Álvaro Luís o plantador de alface que esfregou em minha cara essa verdade.
A alface que ele planta é um delicia muito bem cultivado, orgânico. Todos no bairro compram alface dele, e foi assim por doze anos. Comprávamos a alface dele, e Álvaro Luís sempre simpático e gentil passava por nossas ruas e casas e depois se ia para a sua chácara plantar mais alface. 
Até que em dado momento, Álvaro Luís não apareceu numa semana depois na outra e na seguinte. E claro como todos nós que o conhecíamos há muito tempo a preocupação nos tomou e inevitavelmente montamos uma equipe. Dirigimos-nos até a sua chácara. Especulamos que talvez ele tivesse viajado. Talvez doente.  Mas o que pretendíamos mesmo era ter uma resposta.
E lá fomos os três para a chácara.
Era uma chácara bem cuidada  a 17 quilômetros  distante da cidade.  E para surpresas nossa a casa da chácara era na verdade uma mansão. Piscina cercada de churrasqueira e jardim paisagístico. E numa garagem quatro carros importados e duas motos. Achamos ter entrado numa chácara errada. E foi quando encontramos a plantação de alface e a velha Kombi que Álvaro Luís nos entregava as alfaces. E nos perguntamos como era possível todo aquele luxo somente com alface?
Então vimos Álvaro Luís se aproximar. Vestia-se muito bem, roupa de grife. Anel de ouro, colar de ouro, Cabelo bem cortado. Álvaro Luís então sorriu, e nos convidou a entrar em sua mansão.
-Estávamos preocupados com você. Mas pelo que vejo aqui, não há muito que se preocupar. - Eu disse muito puto com aquela situação toda.
- E eu agradeço essa amizade. Essa preocupação. - disse Álvaro Luís.
- Mas porque esse luxo todo. E as alfaces? - Eu não me contive e perguntei.
- Ah! É uma historia muito interessante. Por favor, fiquem para o almoço que eu lhes contarei tudo. Agora posso confiar em vocês. Já que se preocuparam com o Álvaro Luís.
- Mas você não é Álvaro Luís.
- Sim e não. Meu caro Melquis!
Bem diante daquele enigma aceitamos almoçar. Então alguns empregados apareceram e começaram a preparar o almoço. E nos deslumbrados com a mansão, íamos vendo  as obras de arte. Móveis caros.  Enquanto Álvaro Luís contava a sua história.
Cantor popular na década de setenta, ganhou dinheiro muito dinheiro com canções melodiosas e shows intermináveis. Tinha o nome artístico de Eloy Matos. Quem nunca ouviu uma canção brega dele!   E ao invés de gastar dinheiro com mulheres e drogas. Investiu em construção civil, ações e montou um império. Tudo bem! Podíamos ver isso. Mas...
- E as alfaces! - eu perguntei.
- As alfaces! Bem, eu sempre quis vender alfaces. É algo que me dá prazer.
- Simplesmente isso!- perguntou o outro que estava com nós.
- Parece pouco. Mas quando fazemos o que gostamos mesmo que seja simplesmente vender alface, tudo  mais  o que viermos a fazer, não tenha duvida, faremos com maior prazer.
Calamos-nos. Almoçamos e passamos a tarde relembrando antigos sucessos de Eloy Matos ou Álvaro Luís. E como nos pediu, não ficamos espalhando pelo mundo a sua  vida. Contamos apenas para as nossas famílias e amigos e esses as seus amigos e familiares. E continuamos a comprar alfaces de Álvaro Luís. Até que um dia uma reportagem desses programas de tv popular descobriu Eloy Matos. Foi um fuzuê danado. A nossa rua ficou cheia de fãs e nunca mais comemos aquelas deliciosas alfaces. Álvaro Luís se mudou para algum lugar onde deve estar vendendo alface. Tomara que ele não tenha perdido esse prazer de vender Alfaces e espero que nos perdoei.
Mas valeu a lição de que se deve fazer o que se gosta nem que seja por prazer e simplesmente manter o prazer do outro em segredo.
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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Melquis: A vida é um sorvete!

Melquis: A vida é um sorvete!: "A primeira vez que Dona Júlia apareceu para mim! Quando Dona Júlia apareceu para mim, eu tinha doze anos e estava sozinho em casa. Os meus p..."

domingo, 3 de abril de 2011

A vida é um sorvete!

A primeira vez que Dona Júlia apareceu para mim!

Quando Dona Júlia apareceu para mim, eu tinha doze anos e estava sozinho em casa. Os meus pais haviam ido em um velório de um amigo e eu não gosto de velório. Ainda mais a noite! Era essa mesma casa em que moro hoje e herdei de meus pais quando eles se foram. Bem eu estava sentado na sala assistindo TV, quando ela apareceu vinda da cozinha. E sentou-se ao meu lado. Eu que sempre fui um cagão e nunca, nunca mesmo assistia filmes de terror. Não fiquei com medo , porque Dona Júlia tinha algo de bom, algo de uma avo amiga.Uma alma amiga da família. E ao sentar-se a poltrona ao meu lado, ela me sorriu e sem mover a boca me disse que estava tudo bem que eu não precisava ter medo de nada. Eu sabia que não precisava ter medo de nada mesmo e ficamos conversando. Ela me disse que já havia morado ali naquela casa. Não naquela casa exato, mas numa casa que ficava onde a minha foi construída e que ela podia ver ainda as coisas da mesma casa sobre as coisas da minha casa agora. 
- É incrível a nossa alma. Cabe de tudo. Tudo o que você colocar nela!
- Coisas ruins também!- perguntei inocente.
- Se colocar  cabe sim! E levamos para onde for. Nunca esqueceremos, mesmo que pensamos que esquecemos.
- É deve ser ruim levar coisas ruim para onde for.
- É! - disse Ela apenas.- Por isso algumas almas sofrem tanto em vida quando na morte. Sabe Melquis eu gosto de me apegar as coisas boas. Estou sempre vindo aqui nessa casa porque eu vivi coisas ruins e coisas boas. Mas sempre que venho aqui. Eu me apego as cosias boa. As lembranças dos meus pais, dos meus amigos vindo almoçarem aos domingos. Nos meus filhos que nasceram aqui. São tantas coisas boas que quando começo a pensar nas coisas ruins e desagradáveis eu vou embora e procuro outros lugares mais gostosos para lembrar de coisa mais gostosas. A vida parece difícil, mas é um sorvete.
- Um sorvete!
- É gostos que é, a gente chupa rápido e pensa que vai acabar, mas tem outros sorvetes com outros sabores.
Eu concordei com ela e depois de algum tempo eu cai no sono e acordei pensando em chupar um sorvete. Não sei se foi sonho, mas se foi sonho ele me trouxe uma boa lição de como apreciar a vida. Algumas pessoas acham que espíritos são frutos de mentes demente. Outra seitas religiosas acham que tudo não passa de artimanhas de Satã para roubar almas  para a sua legião. Outros nem acreditam.  E há os que acreditam. O que na verdade tudo é questão do sabor do sorvete que você esta chupando.
Eu ainda vou relatar outros encontros com a Dona Júlia.

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